A cirurgia para retirada do pterígio é realizada utilizando anestesia local e pode ser feita utilizando diversas técnicas, como por exemplo:

– Exérese de Pterígio com Transplante conjuntival: retira-se a cabeça e o corpo do Pterígio e no local em que foi realizada a cirurgia faz-se um transplante autólogo (auto-transplante) da conjuntiva, com área doadora geralmente na parte superior (temporal superior) do globo ocular. Acredita-se que utilizando esta técnica pode-se diminuir o índice de recidivas (entre 3 e 5%). A conjuntiva transplantada é então suturada no local, utilizando fios de nylon (espessura 10-0, mais finos que fio de cabelo) ou fios absorvíveis (Vycril), a depender da preferência do cirurgião. Uma alternativa a sutura seriam as colas biológicas (adesivo de fibrina), que permitem boa adesão com melhor conforto pós-operatório, além de diminuir o tempo de cirurgia.

– Exérese de Pterígio com esclera nua (conhecida como “raspagem”): é uma técnica em que se retira apenas a cabeça e o corpo do pterígio. A área operada fica exposta sem nenhuma proteção e ocorre uma reação inflamatório que o organismo fará para recobrir aquela região, aumentando o índice de recidiva (entre 30 e 60%)

– Exérese de Pterígio com rotação de retalho: retira-se a cabeça e o corpo do pterígio e faz-se um rotação da conjuntiva superior para cobrir a região exposta. A região da conjuntiva superior (que foi rotacionada) será protegida pela pálpebra superior e a área do pterígio estará coberta, diminuindo o índice de recidivas.

Para diminuir a possibilidade de recidiva existem várias alternativas que se mostraram eficazes, porém com potencial para complicações graves. O uso de radiação (betaterapia) ou drogas anti-mitóticas, como Mitomicina C e 5-Fluoracil podem levar a afinamentos corneanos e escleral, necrose escleral, perfuração, retardo de epitelização e ulcerações corneanas, retrações conjuntivais (simbléfaro) e até mesmo catarata.