A córnea é uma estrutura naturalmente transparente e curva, localizada na superfície do olho. A córnea doente apresenta opacidade
s que não permitem que a luz entre de forma adequada no olho, abaixando a visão.
A cirurgia para transplante de córnea consiste na substituição de uma porção da córnea doente por uma córnea saudável, com o objetivo de melhorar a visão ou corrigir perfurações (transplante tectônico).
Apresenta alta porcentagem de sucesso. Normalmente varia entre 80 e 90% de sucesso em situações não complicadas (de acordo com estatísticas mundiais).
As córneas doadas passam por um processo de avaliação quanto à sua condição óptica, sendo utilizadas somente córneas que apresentem boa perspectiva para o sucesso do transplante. Mesmo assim, em alguns casos a córnea pode não funcionar adequadamente.
São também realizados exames sorológicos nos doadores para descartar possíveis patologias infecciosas ( HIV, Hepatite B e C).
Existem diversos tipos de transplante de córnea, cada um apresentando vantagens e desvantagens específicas. Basicamente dividimos os transplantes em Penetrante ou Lamelar.
Os transplantes penetrantes são aqueles que substituem toda a córnea, enquanto os transplantes lamelares substituem apenas uma fatia da córnea. Assim, dependendo de cada caso, o médico poderá optar por um tipo ou outro de transplante.
A cirurgia é feita com anestesia local. A técnica mais utilizada atualmente para o transplante penetrante de córnea é realizada com 16 pontos separados.
Os pontos são retirados após 3 meses de cirurgia, porém não são retirados todos de uma só vez, isto é realizado por etapas de acordo com o astigmatismo induzido e avaliado através de topografia corneana computadorizada.